terça-feira, 29 de setembro de 2009

O Clube do Filme



Depois de algum tempo finalmente terminei de ler "O clube do Filme" de David Gilmour.
Em uma breve sinopse, o livro conta a história real de Gilmour e de seu filho Jesse.
Na época em que Jesse com 16 anos era um estudante indisciplinado, que colecionava reprovações na escola, seu pai, preocupado com o futuro escolar do filho e descrente da metodologia de ensino, decide realizar uma proposta inovadora. Jesse poderia largar a escola dês de que assistisse a 3 filmes por semana propostos pelo seu Pai.

Nestes parâmetros, pode-se dizer que essa questão da modificação da metodologia educacional, coloca em cheque todos os princípios básicos da teoria de ensino quanto a produção de conhecimento.Mas a questão é, até que ponto a cultura dos filmes poderia substituir o ensino padrão?
Gilmour para a minha decepção se preocupou no livro muito mais em narrar os romances do seu filho do que levantar para o leitor esta questão da relação entre educação/filmes.
Contudo, o livro traz informações interessantíssimas sobre os clássicos do cinema, tais como curiosidades, analises de cenas e contexto histórico. Mas como eu já afirmei, achei que essas análises ficaram em segundo plano possuindo pouco enfoque diante das desilusões amorosas de jesse.

Pelo bem, pelo mal, se você gosta de clássicos, é curioso e quer possuir uma lista de excelentes filmes para procurar depois na locadora, como eu venho fazendo, acredito que deve ler O clube do Filme.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Para um fim de semana chuvoso: Depois de horas


Decidi abrir uma sessão aqui, a partir de hoje sempre que se aproximar o final de semana ou feriados, postarei recomendações de filmes.

Bom, Depois de horas é um clássico de Martin Scorsese que lhe rendeu os prêmios de Melhor Diretor no Independent Spirit Awards de 1985 e no Festival de Cannes de 1986.
Em uma Breve sinopse, o filme conta a história do operador de computador Paul Hackett que entediado e desanimado com seu cotidiano, decide aceitar o convite de uma linda e misteriosa garota ( Marcy) que conhecera em um restaurante ao final de seu expediente.
Contudo, é após chegar a casa de Marcy, localizada em um prédio antigo no subúrbio de nova york, que as coisas começam a dar errado e que Paul percebe que as regras não são as mesmas Depois de Horas.

Por fim, pode-se dizer que o conjunto de eventos bizarros, tensão, coincidências praticamente impossíveis e momentos nostálgicos, retratam uma comédia de humor negro e altamente bizarra que beira sutilmente o surrealismo.


Confira o trailer abaixo:


quarta-feira, 23 de setembro de 2009

30 anos de Apocalipse Now

Acredito que não existiria uma maneira melhor de se começar um blog de cinema do que falando sobre um dos maiores, se não o maior, filme de guerra já produzido.

Como grande fã de filmes de guerra que sou, acredito que Apocalipse Now possui uma estrutura única. Copolla, neste clássico do cinema consegue relacionar com perfeição todos os elementos que circundam uma guerra de maneira artística e emblemática, fugindo do senso comum onde este gênero é julgado como um conjunto de ação, tiros, mortes e muito sangue.
Sem me preocupar em narrar o enredo do filme ( se você ainda não viu, veja!) resolvi selecionar uma cena que demonstra todo este brilantismo do filme.

Logo no início do filme, enquanto o capitão Benjamin L. Willard descansava em seu quarto, o ventilador de teto começa a se mistura com a imagem das hélices de um helicóptero, ao mesmo tempo em que uma floresta queima por causa da napalm. Sendo assim, toda essa relação de sobreposições de imagens, buscam retratar de forma subjetiva um pressentimento do capitão Benjamin, quanto a missão que lhe será dada futuramente.

Para completar com chave de ouro, Coppola ainda acerta em cheio na trilha sonora que apresenta a musica “The end” do The Doors, ressaltando mais uma vez a idéia de que a guerra é um caminho sem saída e como Jim morrison já cantava: This is the end. My only friend, the end.

Confira abaixo essa cena: