segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Os incompreendidos: um retrato autobiográfico de Truffaut


O cineasta francês da era Nouvelle Vague passou durante sua infância algo como uma juventude transviada .
Truffaut era um pequeno delinqüente que matava aulas e cometia pequenos furtos para assistir filmes no cinema, sempre sua maior paixão. E foi justamente baseado nos conturbados anos de vadiagem de Truffaut, que surgiu seu primeiro filme “Os incompreendidos” de 1959.
O mais curioso dessa história toda é que o filme havia sido rodado sem som, posto mais tarde, pois Truffaut não tinha dinheiro para o equipamento de gravação.
Outro fato interessante é que não existia um roteiro fixo, sendo assim as cenas eram gravadas na base da improvisação.

Mas, situando o filme, pode-ser dizer que o brilhantismo do cineasta fica por conta da cena final, onde Antonine: jovem problemático que havia sido expulso de casa e que então foge do reformatório, corre em direção ao mar em uma belíssima seqüência de imagens.
Finalmente ao pisar na areia, onde as ondas morrem, ele virasse levemente para a câmera e a imagem congela, o filme acaba!

Tudo bem, mas então qual seria o real significado daquela cena final?
Pode-se dizer que o mar, em uma reflexão conotativa, representaria a imensidão de um plano infinito, a fuga de todo o sistema repressivo, em direção ao desconhecido, ao novo, a busca incansável pela liberdade e pela esperança que tange o espírito jovem.

Confira essa cena final abaixo:

Um comentário:

  1. Muito boom!!! Plano sequência é mto lindo! ADORO!!!


    Nouvelle Vague....bem a aula de hoje, não? huauha
    Adoro seu blog, trem!

    =*

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